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Principais riscos na gravidez com ovário policístico e como se prevenir

Principais riscos na gravidez com ovário policístico e como se prevenir

A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) foi primeiramente descrita em 1935, e desde então se tornou uma desordem endócrina comum. Afeta aproximadamente 6 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. Diversos consensos e nomenclaturas foram propostas. Atualmente utilizam-se como diagnóstico o consenso de Rotterdam, que em 2003, definiu que são consideradas mulheres com SOP, aquelas pacientes que apresentam características de anovulação/ oligoovulação, hiperandrogenismo e ovários policísticos. A síndrome recebe seu nome a partir do aparecimento dos ovários policísticos que resultam da foliculogênese interrompida e disfunção ovulatória.

Riscos na gravidez com ovário policístico

Apesar do nome da patologia referir-se ao ovário, esta síndrome também está associada a desordens metabólicas: resistência periférica à insulina (RI) e hiperinsulinemia. Os fatores de risco incluem a obesidade, diabetes mellitus tipo II, a dislipidemia, a hipertensão, e doenças cardiovasculares.

Sendo assim a patologia afeta o controle endócrino, metabólico e a saúde cardiovascular da mulher. As manifestações clínicas incluem oligomenorréia ou amenorréia, hirsutismo e infertilidade. Acredita-se que pelo menos 75% dos casos de infertilidade sejam por fator anovulatório, ou seja, que não ovulam adequadamente, e, por isso, pode apresentar intervalos longos entre os ciclos menstruais, podendo ficar até meses sem menstruar.

A alteração menstrual geralmente ocorre desde a menarca (1ª menstruação) e pode estar associadas ao aumento de pelos pelo corpo, alterações da menstruação, e também ao excesso de peso (sobrepeso ou obesidade). A RI afeta 50% a 70% das mulheres com SOP e que conduzem a um número de comorbidades, incluindo a síndrome metabólica, hipertensão, dislipidemia, intolerância à glicose, e diabetes.

Já o termo ovários policísticos é empregado devido às características morfológicas observadas nesses ovários, com aumento de volume ovariano, devido principalmente ao aumento no número de folículos em crescimento ou atrésicos. Ovários policísticos detectados por USG são definidos pela presença de 12 ou mais folículos em cada ovário, com tamanho variando entre 2 a 9 mm de diâmetro que são incapazes de crescer até um tamanho que provocaria a ovulação, não havendo, portanto, o desenvolvimento de um folículo dominante. Sem o folículo dominante, não ocorre ovulação, nem estímulo para os folículos restantes involuirem, havendo o acúmulo progressivo dos mesmos, o que é responsável pelo aspecto policístico que os ovários adquirem. A ausência da ovulação e a presença constante de folículos desregulam todo o ciclo hormonal. Vale lembrar que nem toda mulher que tem cistos nos ovários sofre da síndrome do ovário policístico.

Prevenção dos riscos para uma gravidez saudável

É imprescindível o acompanhamento de um médico especialista para orientar o paciente, diagnosticar e tratar o problema. A SOP não tem cura, mas o tratamento regulariza os sintomas e pode ajudar a mulher engravidar. Muitas mulheres engravidam sem tratamento, algumas somente com a indução da ovulação e outras com a Fertilização in vitro. Entre em contato com a Neo Vita, nós podemos te ajudar em seu tratamento.

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Escrito por Dr. Fernando Prado

Dr. Fernando é médico especialista em reprodução assistida há mais de 20 anos, com PhD pelo Imperial College London e pela Universidade Federal de São Paulo, e diretor clínico da Neo Vita.

CRM/SP 103.984 - RQE 391631
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3562749827441899

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